terça-feira, 18 de outubro de 2016

É Certo um Cristão Jogar Capoeira?

CAPOEIRA
DANÇA, ESPORTE OU LUTA?
Por Carlos Alberto S. Magalhães

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ONDE E QUANDO SURGIU?
                Não se sabe ao certo quando chegaram os primeiros escravos ao Brasil, mas calcula-se algo em torno de 1540. Muitos deles eram Negros Bantus, originários da região de Angola.         Quando aqui chegavam, tentavam através da dança e do canto amenizar o sofrimento nas senzalas. Seus instrumentos musicais eram, na verdade, mais guerreiros do que de diversão. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança.
                Devido à falta de registros históricos, há muita discussão sobre as origens da capoeira. Seria ela brasileira ou teria vindo da África? Hoje em dia, a maioria dos estudiosos concorda com a hipótese de que a capoeira foi criada no Brasil, por volta de 1600, pelos escravos bantos originários da região de Angola. Alguns acreditam que capoeira nasceu aqui a partir de uma mistura de lutas, danças e rituais de diversas partes da África.              As localidades em que foi desenvolvida foram: Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro.
                Devido ao ministro das finanças Rui Barbosa ter incinerado os documentos referentes ao período da escravidão, em 1890, não temos muitos dados sobre o surgimento da capoeira e sua expansão até o final do século XIX.

O PRECONCEITO SOCIAL
                Independente das suas origens, a capoeira era uma forma de resistência dos escravos africanos, um instrumento de libertação do negro contra um sistema dominante e opressor; a busca da liberdade por uma raça escravizada e mal tratada pelo colonizador branco.
                Quando a família Real chegou ao Brasil, em 1808, começou o processo de repressão à cultura negra e foi intensificada a perseguição policial.
                A partir da segunda metade do século XIX (1850), começaram a ocorrer sucessivas prisões de capoeiristas, os quais estavam formando maltas que atemorizavam a população e os governantes. Os principais focos da capoeira eram: Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.
                Logo após a Proclamação da República (1889), a capoeira foi proibida pelo Marechal Deodoro.[1]
                Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. Naquele ano, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

CAPOEIRA COMO DANÇA
                Alguns acreditam que a capoeira nasceu aqui a partir de uma mistura de lutas, danças e rituais de diversas partes da África.No entanto, há aqueles que afirmam que a capoeira é africana, pois na África existem danças semelhantes à capoeira, como o n'angolo (a dança das zebras).
                Desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. Para não levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que parecessem uma dança. Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência.[2]
                Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial
disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.
                A Capoeira, chamada hoje de "o esporte brasileiro", ou "a arte marcial brasileira", é, na realidade, uma rica expressão artística (mistura de luta e dança) que faz parte do patrimônio cultural afro-brasileiro.[3]
                A expressão do rosto, a gestualidade das mãos e braços, a ginga mais dançada e, freqüentemente, quase substituída por passos do bailado de outras manifestações negras, a cadência geral dos movimentos - tudo isso é parte importante dessa estética (quase impossível de descrever adequadamente por escrito), que reflete fielmente sua origem social e cultural.

CAPEIRA COMO LUTA (ARTE MARCIAL)
                A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento.
                O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia.
                O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas.
                Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.
                O mestre Bimba e o mestre Pastinha em uma de suas declarações afirmaram que a capoeira “é uma luta praticada como dança” e que “mata sem querer”[4]Bimba era um capoeirista consumado, praticante de Angola (única variante existente na época).                 Achando que essa modalidade deixava "muito a desejar em termos de luta", criou um novo estilo, que chamou de "Luta Regional Baiana" e que logo passaria a ser conhecido como Capoeira Regional. Foi o primeiro Mestre a abrir uma escola (academia) de Capoeira, em 1932. Seu "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional" foi também a primeira escola de Capoeira reconhecida oficialmente pelo governo, em 1937. Acredita-se, também, que ele foi o primeiro Mestre a desenvolver uma metodologia de ensino. Os alunos aprendiam um determinado número de lições e distinguiam-se três níveis de praticantes: “iniciantes”, "formados" e "formados especializados". Introduziu, ainda, suas oito famosas "seqüências", combinações programadas de ataque e defesa praticadas, todas elas, por seus alunos, que, ainda hoje, utilizam amplamente seus ensinamentos
                Com Bimba, então, a Capoeira começa a sofrer uma transformação acelerada. Com ele, deixa de ser brincadeira, vadiação, para ser uma luta propriamente dita. Bimba era um temível lutador e talvez fosse sua fama que atraísse os jovens da burguesia.
A Capoeira de Bimba elimina ou reduz a ênfase nos efeitos cerimoniais, rituais e lúdicos da Capoeira Angola e incorpora novos elementos de luta que, até aquele momento, eram-lhe estranhos: agarramentos, defesas contra estes e certos golpes novos. Não se sabe ao certo a origem desses novos movimentos. Segundo o que próprio Bimba disse a Rego (1968, p. 33), ele "se valeu de golpes de batuque (..) assim como de detalhes da coreografia do maculelê (...) além dos golpes da luta greco-romana, jiu-jitsu, judô e savate (...)". A influência do batuque chegara até ele através de seu pai, consumado praticante dessa arte popular. A verdadeira influência das lutas orientais e européias na Regional de Bimba é objeto de discussão: [5]

CAPOEIRA COMO ESPORTE
A Capoeira, chamada hoje de "o esporte brasileiro", ou "a arte marcial brasileira", é, na realidade, uma expressão artística (mistura de luta e dança) que faz parte do patrimônio cultural afro-brasileiro.
                Na década de 60, a Bahia continuava sendo o centro nevrálgico da Capoeira. Mas, por essa época, muitos Mestres, atraídos pelas possibilidades econômicas do Sul, começaram a emigrar para o Rio de Janeiro e São Paulo. A Capoeira, aos poucos, espalhava-se pelo Brasil inteiro.
Surgem, assim, em fins da década de sessenta, os primeiros campeonatos e tentativas de regulamentação da Capoeira.
Em 1972, a Capoeira é declarada "esporte" pelo Conselho Nacional de Desportos, e sua prática, como tal, é regulamentada oficialmente, através da Confederação brasileira de Pugilismo. Em 1974, é criada a primeira Federação de Capoeira em São Paulo, e em 1984, a segunda, no Rio de Janeiro. Falta ainda surgir outra, num terceiro estado, para que se possa criar a Confederação Nacional de Capoeira, livrando-a da tutela do pugilismo. Em meados da década de 70 realizam-se também os primeiros campeonatos nacionais de Capoeira.
A capoeira é definida globalmente como esporte mas, por suas características, é considerada uma luta. O uso predominante das pernas faz com que, dentro das lutas/esportes, seja equiparada às artes marciais orientais, mais do que ao boxe ou à luta greco-romana, por exemplo. Assim, é considerada a "arte marcial brasileira". Esta definição é vantajosa, já que apela não apenas para o nacionalismo mas também para a legitimidade que s outras artes marciais conseguiram. Ao tomá-las como modelo (consciente ou não) a ser imitado, a Capoeira incorpora elementos que as caracterizam: o uniforme branco, a prática de pés descalços, o uso de cordões para classificar diferentes etapas do aprendizado, a atitude séria e marcial durante os treinos, a saudação ritual (em posição marcial) no início e no fim da aula. Também foram acrescentados pontapés e golpes de mão que, tradicionalmente, não existiam na Capoeira, modificou-se a execução de certos golpes que já existiam, tornando-os "mais técnicos" (portanto, mais parecidos com os do karatê), introduziram-se técnicas de "defesa pessoal" e, às vezes, até são utilizadas "guardas" com nítida influência oriental durante os jogos e práticas. Os torneios também parecem estruturados dentro desse modelo, com quatro juízes, bandeiras para anunciar as faltas de cada praticante etc. É mantido o uso do berimbau durante a competição, mas com uma função meramente simbólica, já que parece não ter a menor influência sobre o jogo (que já não é um jogo, mas sim uma luta, com contato).
Há aspectos menos formais ou inocentes dentro dessa intromissão do marcial na Capoeira: o desenvolvimento da Capoeira/arte marcial brasileira se produz durante os anos da última ditadura militar; as primeiras tentativas de homogeneização das práticas e regras (simpósios de 1968 e 1969) foram patrocinados pela Força Aérea; uma das primeiras tentativas de regulamentação e sistematização de Capoeira provém de um mestre que a ensina no Colégio Militar. Dirigentes das federações também foram acusados de tentar integrar a Capoeira (para conseguir alcançar sua legitimação e em troca de dádivas diversas) à ideologia política da ditadura militar que dominou o Brasil de 1964 a 1985 (Areias, 1983, p. 77; Capoeira, 1985, p. 155).
A capoeira se tornou, no dia 15 de julho, patrimônio cultural brasileiro. O registro desta manifestação cultural foi votado em Salvador, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ou seja, finalmente a capoeira é oficialmente identificador de um povo, porém com variáveis regionais. Na Bahia, por exemplo, por ter sido o epicentro do desenvolvimento da Capoeira, sempre estarão presentes, por mais que se enfatize o aspecto da luta, a malícia e a teatralização. No Sul, os movimentos estarão mais próximos das artes marciais e da ginástica. [6]

CAPOEIRA E UMBANDA: HÁ LIGAÇÕES?
                Na internet existe a propaganda de uma gravação de raízes culturais africanas. O disco demonstra muito claramente que essa é uma união indissolúvel: de um lado, Edinho Marundelê canta vários pontos da raiz Angola e de Umbanda, para caboclos.
                Do outro, Onias Comenda mostra vários toques de capoeira e até mesmo a Viola é inserida (raramente ela é reconhecida como instrumento ligado às coisas do santo, apesar de sua igual importância) numa das faixas, em desafio com o Berimbau. (Edinho Marundelê e Onias Comenda - Eu, Bahia - LP - Phonogram/Philips – 1975, disco gravado)
                Já comentamos várias vezes sobre as "pontes" que existem entre a música de terreiro e a música popular, pontes estas que estabelecem o vínculo emocional entre a atmosfera ritual e a necessidade de expressão popular que se manifesta na alegria e na celebração. A Capoeira é uma dessas pontes, pois ela traz a magia dos timbres, dos temas e de todo o mistério dos rituais dos cultos brasileiros. Este disco é um ótimo exemplo desta unidade que sempre existiu entre a arte marcial brasileira e os cânticos sagrados, que recentemente tem sido abalada por uma infecção evangélica que pretende descaracterizar a essência da capoeira, dissociando sua identidade com a umbanda através da negação de suas raízes essenciais.[7]
                Angelo Augusto Decânio Filho, em sua pesquisa, INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE CAPOEIRA,[8] afirma que a capoeira tem:“Ritmo musical de candomblé, usado no culto a Oxum, Oxalá, Nana Borokô, Nhançan, Yemanjá, Logunedé, Ogum, Oxosse, etc; lento, suave, calmo e majestoso.”
                A capoeira é uma junção de doações religiosas e culturais. “Dos africanos herdamos os movimentos rituais do candomblé; dos iorubás (índios) recebemos o ritmo ijexá e a rima tonal a cada 3 estrofes; enquanto os bantos nos ofereceram o berimbau, o instrumento fundamental.”[9]
                A capoeira em virtude de sua origem mestiça tornou-se um repositório da sabedoria das culturas que plasmaram o povo brasileiro. Por ser um processo fundalmentalmente musical e coreográfico, originário no candomblé, adaptou a louvação dos ancestrais (oriki) ao improviso introdutório da dança popular portuguesa denominada de chula, conservando este vocábulo como referêncial. [10]
                Importância do ritual: Embora em menor quantidade que na Capoeira tradicional, continuam existindo regras não escritas para o correto desempenho do jogo. Há, no entanto, certos aspectos que poderíamos classificar como ritualísticos que raras vezes são vistos fora das academias de Angola (como o denominado "pedida de aú", ou "chamada de Angola"), e também gestos rituais próprios da Capoeira tradicional que, talvez por desconhecimento, má interpretação ou, ainda, reinterpretação, são substituídos por outros. Como exemplo, observamos que está bastante disseminado no Sul o costume de "pedir a bença do berimbau", que consiste em levar a mão até o extremo inferior do berimbau e, em seguida, fazer o sinal da cruz, antes de partir para o jogo. Isto substitui todos os gestos que, no mesmo momento, realiza o angoleiro, invocando proteção (trazer o signo de Salomão etc.). No Sul, também, toca-se o chão em frente ao berimbau, imediatamente depois de concluir o jogo, costume que tampouco se observa na Capoeira tradicional.

Curiosidades

  • Mestre Pastinha começou a treinar capoeira por intermédio de um africano que o viu apanhar de um rival em sua infância.
  • Foi mestre Pastinha que falou a famosa frase "A capoeira é Mandinga, é manha, é malícia, é tudo o que a boca come"
  • Dos 50 golpes bem aplicados da capoeira que Mestre Bimba ensinou, 22 eram mortais.
  • Segundo Mestre Noronha, o berimbau em seu tempo, era uma arma maligna e mortal. A verga (o pau do berimbau), era usado como cacetete e a varinha servia para furar os olhos do adversário que tivesse má conduta. Na época em que a capoeira era proibida.
  • Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha.
  • Antes do arame, o "fio" do berimbau era feito de tripas de animais. [11]
O QUE DIZ A BÍBLIA?
                               I CORÍNTIOS 10:31: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” A CAPOEIRA FOI CRIADA PARA A HONRA E GLÓRIA DE DEUS? ELA ATUALMENTE GLORIFICA A DEUS?
                               MATEUS 6:24: “ Ninguém pode servir a dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro.” A CAPOEIRA SERVE A QUE SENHOR?

O QUE DIZ O ESPÍRITO DE PROFECIA
                Satanás deleita-se quando vê seres humanos empregando as faculdades físicas e mentais naquilo que não educa, não tem utilidade, não os ajuda a ser uma bênção aos que necessitam de seu auxílio. Enquanto a juventude se adestra em jogos destituídos de
valor para eles e para os outros, Satanás joga a partida da vida por sua alma, tirando-lhes os talentos dados por Deus, e substituindo-os por seus próprios atributos maus. É seu empenho levar os homens a passarem por alto a Deus. Busca ocupar-lhes e absorver-lhes tão completamente o espírito, que o Senhor não encontre lugar em seus pensamentos. Não quer que o povo conheça a seu Criador, e fica bem satisfeito se pode pôr em funcionamento jogos e representações teatrais que por tal forma confundam o senso da juventude de que Deus e o Céu sejam esquecidos. CONSELHOS AOS PAIS, PROFESSORES E ESTUDANTES, 274.

                De outra vez, quando os irmãos estavam ameaçados de perseguição, e indagavam o que deveriam fazer, dei o mesmo conselho que havia dado a respeito do emprego do domingo para jogos. Disse: "Empregai o domingo em fazer obra missionária para Deus. Professores, ide com os vossos alunos. Levai-os às casas de família, por perto e por longe, e ensinai-os a falar de modo a ser um benefício. Saiba o povo que vos achais interessados na sua salvação. As bênçãos de Deus repousaram sobre os alunos, à medida que eles buscavam diligentemente as Escrituras a fim de saber apresentar as verdades da Palavra de maneira a serem as mesmas recebidas com prazer. CONSELHOS AOS PAIS, PROFESSORES E ESTUDANTES, 551

                Apelo aos estudantes em nossas escolas a que sejam sóbrios. A frivolidade da juventude não é agradável a Deus. Seus esportes e jogos abrem a porta a um dilúvio de tentações. Em vossas faculdades intelectuais estais na posse de dotação celestial, e não deveis permitir que vossos pensamentos sejam baixos, rasteiros. O caráter formado segundo os preceitos da Palavra de Deus revelará princípios firmes, nobres e puras aspirações. Quando o Espírito Santo coopera com as faculdades da mente humana, altos e santos impulsos são o resultado certo. ...
                Deus vê aquilo que os cegados olhos dos educadores não logram discernir, isto é, que imoralidade de toda espécie está procurando dominar, está trabalhando contra as manifestações do poder do Espírito Santo. Conversação banal e idéias vis e pervertidas são entretecidas na textura do caráter.
                Reuniões para desfrutar dos prazeres frívolos e mundanos, aglomerações para comer, beber e cantar, são inspirados por um espírito inferior. Representam uma oferta a Satanás. Nessas satisfações pessoais a mente se torna tola, como ocorre com a embriaguez. A porta é aberta para associações vulgares. Os pensamentos, autorizados a correr por um canal de baixo nível, logo pervertem todas as faculdades do ser. Como o Israel do passado, os amantes dos prazeres comem e bebem, e se levantam para folgar. Há risos e bebedices, gritaria e farra. Em tudo isso os jovens seguem o exemplo dos autores dos livros postos em suas mãos para estudo. O maior de todos os males é o permanente efeito que essas coisas exercem sobre o caráter.
Os que têm a liderança nestas coisas acarretam sobre a causa uma mácula não facilmente extinguível. Eles ferem sua própria alma, e por toda a vida levarão a cicatriz. Os que fazem o mal podem ver os seus pecados e se arrependerem; Deus pode perdoar o transgressor; mas as faculdades de discernimento, que devem ser mantidas sempre agudas e sensíveis para distinguir entre o santo e o profano, são em grande parte destruídas. Muitas vezes os artifícios e a imaginação humanos são aceitos como divinos. Algumas almas agirão em cegueira e insensibilidade, prontas para apreender os sentimentos vis, comuns e até infiéis, ao mesmo tempo que se voltam contra as demonstrações do Espírito Santo. CONSELHOS SOBRE EDUCAÇÃO, 234..



QUAL A OPINIÃO DA IGREJA ADVENTISTA?

DECLARAÇÕES DA IGREJA
                “A recreação, na verdadeira acepção do termo, re-criação, tende a fortalecer e contruir(Educação, pág, 207). Não promoverá o egoísmo, a rivalidade, a hostilidade, a contenda, amor ao domínio, amor ao przer ou excitamento doentio”. PAG 27.
               
NISTO CREMOS (DOUTRINAS DA IASD)
                Dentro da 4ª doutrina da IASD, Vida Cristã, no ítem conduta cristã encontra-se: “Atividades inaceitáveis. Os adventistas também ensinam que o jogo, o carteado, o teatro e a dança devem ser evitados (I S. João 2:15-17). Ainda questionam o gasto de tempo ao assistir eventos esportivos violentos (Filip. 4:8). Qualquer atividade que enfraqueça o relacionamento com o Senhor e contribua paa que percamos de vista os interesses eternos, ajuda Satanás a prender nossa alma em suas cadeias. Em vez disso os cristãos participarão daquelas formas sadias de atividades de lazer, as quais trarão refrigério à natureza física, mental e espiritual.” Pag. 374.

MANUAL DA IGREJA
                “Outra espécie de diversão que exerce má influência é a dança. “O divertimento da dança, segundo é praticado em nossos dias, é uma escola de depravação, uma terrível maldição para a sociedade” MJ, 399. pág.171

HÁ CONSEQUENCIAS ECLESIÁSTICAS POR PRATICAR A CAPOEIRA?

                A Igreja Adventista não tem um voto específico sobre isto. No entanto, entendendo o conjunto de fatores e argumentos apresentados por pessoas não cristãs, e contrastando-os com os princípios estabelecidos na Bíblia, Espírito de Profecia e Manual da Igreja, conclui-se que está em total confronto com a fé cristã. 
                Devido a este fato, a Igreja local pode estabelecer um voto favorável ou não. Isto depende da maioria dos membros (50% +1). De acordo com o Manual da Igreja (2000), “as condições locais por vezes demandam votos especiais” (p.XIX), que não estão descritos no mesmo. Afirma ainda que a Igreja Primitiva “tinha autoridade para estabelecer as condições para ser membro e os preceitos que governam a Igreja” (p.1). Levando em consideração que tanto na estrutura macro (Associação Geral) como na micro (igreja local), a organização tem os mesmos princípios de atuação. EGW declara: “Mas quando numa assembléia geral, é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro (ou membro)[12] considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral”. Testemunhos Seletos, vol 3, 408, citado por Manual da Igreja, 2000, p.2 . “Cristo deseja que seus seguidores sejam unidos na igreja, observando a ordem, tendo regars e disciplina, todos sujeitos uns aos outros, estimando-se uns aos outros mais do que a si próprios”. Testimonies, vol 3, 445, citado por IBID.
                A igreja local pode usar como referência para consideração do problema os argumentos anteriores. O membro que persistir em ser contrário ao voto coletivo pode ser avaliado pelos seguintes artigos do Manual da Igreja (2000, pag 187):
Ø  Negação da fé nos princípios fundamentais do evangelho e nas doutrinas básicas da Igreja, ou ensino de doutrinas contrárias a eles.
Ø  Adesão ou participação num movimento ou organização separatista ou desleal.
Ø  Persistente negativa quanto a reconhecer as autoridades da Igreja devidamente constituídas, ou não querer submeter-se à ordem e à disciplina da Igreja.
                Estas cláusulas, mesmo que não falem sobre o assunto de forma explícita, englobam qualquer movimento dentro da igreja contrário aos seu princípios e/ou estatutos votados por ela.

                CONCLUSÃO
                É importante que o membro da IASD esteja consciente que o envolvimento com a capoeira pode lhe trazer prejuízos espirituais e disciplinares. Portanto apelo que abandone este comportamento.
                Hebreus 3:15 diz: “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação.”





[1] www.geocities.com/projetoperiferia
[2] abrasoffa.org.br/folclore/danfesfol/capoeira.htm
[3] anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_10/rbcs10_05.htm
[4] ibid
[5] www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_10/rbcs10_05.htm
[6] www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_10/rbcs10_05.htm
[8] portalcapoeira.com/capoeirabahia
[9] Ibid
[10] Ibid
[11] pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira_Angola#Angola
[12]  Parênteses acrescentado explicativo em comparação à micro-estrutura da organização.